Dieta sem Glúten
Glúten: proteína vegetal encontrada em alguns cereais -
trigo, cevada, centeio (e na aveia, por contaminação do trigo).
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Raquel Benati
Quando recebemos a notícia do diagnóstico de doença celíaca ou sensibilidade ao glúten não-celíaca somos informados que o único tratamento existente é uma rigorosa DIETA SEM GLÚTEN. Com a recomendação de iniciar imediatamente a dieta, a primeira pergunta que nos vem à cabeça é: "e o que eu vou comer"? Com o tempo vamos conseguindo compreender melhor o que é o mundo sem glúten e desenvolvemos estratégias para conseguirmos sobreviver num mundo onde o glúten se tornou onipresente.
A dieta sem glúten consiste em retirar todos os alimentos que tem na sua composição os cereais proibidos e também aqueles que possam ter tido contato direto com glúten ou por contaminação cruzada.
Mesmo tendo que ficar longe da farinha de trigo, ainda é possível fazer bolos, pães, pizzas, salgados, doces, massas sem glúten. Em nosso site temos muitas receitas (visite a aba Publicações - Receitas sem glúten e baixe gratuitamente em PDF vários livros) e hoje já é mais fácil encontrar produtos sem glúten industrializados, embora em sua maioria ainda sejam mais caros do que os produtos COM glúten. A farinha de trigo pode ser substituida por outras farinhas e féculas. Podem ser usados nessa substituição:
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- farinha de arroz / creme de arroz
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- farinha de milho / fubá / amido de milho (maisena)
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- farinha de mandioca / polvilho doce / polvilho azedo / tapioca / sagu
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- fécula de batata
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- farinha de coco
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- farinha de amêndoas
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- farinha de banana verde
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- farinha de aveia sem glúten, etc.
Mas a base da alimentação de quem faz dieta sem glúten é o consumo diário de alimentos frescos e naturalmente sem glúten:
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- legumes, verduras, raízes e frutas
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- carnes, ovos, leite (para os que não tem intolerância ou alergia)
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- azeite de oliva, óleo de coco, gorduras naturais dos alimentos
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- oleaginosas e sementes: castanhas, amêndoas, linhaça, gergelim, chia, etc.
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- leguminosas: feijões, grão de bico, ervilhas, lentilha, etc.
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- cereais: arroz , milho, sorgo, teff
Assim que recebemos o diagnóstico devemos buscar a orientação de um nutricionista que conheça bem a doença celíaca e a sensibilidade ao glúten. Essa orientação inicial é importante, para que possamos curar nosso intestino, repor nutrientes, recuperar ou perder peso de forma saudável, mudar nossos hábitos alimentares, receber informações corretas sobre o valor nutricional dos alimentos e a melhor forma de consumi-los.
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No universo da DOENÇA CELÍACA não podemos deixar de falar da qualidade da DIETA SEM GLÚTEN. Não é sobre trocar o pão com glúten por pão sem glúten. Nunca foi. É sobre CURAR, é sobre RESTAURAR o organismo, é sobre VIVER!
A questão da densidade nutricional dos alimentos consumidos pelos celíacos precisa ser sempre prioritária. Primeira etapa é retirar o glúten até curar o intestino e o corpo como um todo para só depois se pensar em como substituir os cereais proibidos na alimentação, garantindo sempre que os nutrientes essenciais ao bom funcionamento do organismo estejam presentes.
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A dieta sem glúten precisa sempre e prioritariamente NUTRIR.
Não é sobre o que se PERDE e sim sobre o que se GANHA!
Vire a chave, aprenda novos sabores, busque seu novo normal com mais saúde.
Nenhum pedaço de glúten vale mais do que Você!
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clique para baixar - 10 passos para a alimentação do celíaco
Leia o material em PDF produzido pela Dra Juliana Crucinsky, nutricionista e consultora técnica da ACELBRA-RJ com as orientações iniciais.
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clique para ler a página Manual do Celíaco
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É preciso depois aprender sobre como organizar a cozinha, planejar as compras e, principalmente, sobre como educar as pessoas à nossa volta sobre os cuidados com nossa dieta.
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Baixe o Guia em PDF Manual do Celíaco e compreenda melhor como se proteger do glúten na sua cozinha.
No Brasil existem leis sobre glúten na rotulagem de alimentos e medicamentos:
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Lei Federal nº 10.674/2003 - produtos alimentícios
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ANVISA - RDC 727/2022 - rotulagem de alergênicos em produtos alimentícios
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ANVISA - RDC 137/2013 - rotulagem de medicamentos com glúten
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O que mais preocupa as pessoas que precisam viver 101% longe do glúten é a contaminação cruzada por glúten. Esse é o nosso "calo", é o nosso fantasma e infelizmente a Sociedade de uma maneira geral, não sabe o que é isso e ainda encara nossos cuidados com nossa saúde como "frescura" ou "paranoia". Mas a informação é nossa aliada e temos avançado nesse ponto. Ainda há muito a ser conquistado, mas os celíacos e sensíveis ao glúten vem trabalhando para que nosso país reconheça nossa condição e respeite nossos direitos.
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Para entender mais sobre os riscos da contaminação cruzada por glúten, leia esse material:
Clique aqui - Contaminação Cruzada por Glúten
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"Já faço Dieta sem Glúten mas não melhoro... Por que?"
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Leia mais sobre os passos necessários na
busca da saúde celíaca para além da Dieta sem Glúten:
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Clique aqui
Doença Celíaca - passo a passo no caminho de volta à saúde - curando seu intestino
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